Tiago Rebelo " O Romancista dos nossos Tempos.."
Jornalista e escritor, autor de livros de sucesso em Portugal e não só.. Desde o brasil ate Angola, de Itália à Argentina, os seus romances tornam-se desejados, lidos e inesquecíveis para os leitores, que vão aumentando a cada dia que passa. Através do titulo de algumas das suas obras descobrimos um pouco deste homem impar da ficção em bom Português.
Ser romancista em Portugal não é tarefa fácil...Ou estou enganada?
Como em qualquer outra profissão, o sucesso exige muito trabalho e dedicação. O problema em
Portugal é que o mercado é pequeno e a crise também não ajuda. Mas um escritor conseguir o objetivo de estar entre os mais lidos é difícil em qualquer país.
As suas histórias prendem de tal forma que li " uma noite em Nova Iorque em 24 horas...
Tem noção do tão saboroso que é ler algo escrito por si...?
É bom ouvir isso e recebo com agrado os comentários de muitos leitores. As reações positivas dos leitores são um incentivo porque é para eles que escrevo, naturalmente, e gosto de saber que os meus livros são bem recebidos.
Hoje em dia, ainda existem "amores perfeitos”?
Hoje, como sempre, existem amores perfeitos. O amor, quando é verdadeiro, não depende das épocas.
Quem convidaria para ler o seu "romance em Amesterdão”?
Convido todos os leitores. Eu escrevo para ser lido e quanto mais pessoas lerem os meus livros, melhor. É esse o objetivo.
Com quem gostaria de encontrar-se por mero acaso em Jerusalém?
Nunca pensei nisso, mas já estive em Jerusalém, uma das vezes em reportagem durante a guerra do Golfo, e fiz um amigo para toda a vida. Quando viajamos, conhecemos pessoas de outras culturas. Eu adoro viajar.
Há inúmeras pessoas que choram o passado. O Tiago Rebelo acha possível viver o presente tirando do que já foi, apenas, um ensinamento...?
Penso que tiramos ensinamentos de tudo o que vivemos. Não adianta muito viver no passado, nem tão pouco estarmos a sonhar com o futuro. O presente é que interessa e a opção mais sábia é aproveitarmos todos os momentos que vivemos.
Uma viagem a Luanda este ano, com quem e porque?
Vivi em Luanda em criança e nunca mais voltei desde o 25 de Abril, que produziu uma descolonização desastrosa para os portugueses e para os angolanos. Não sou saudosista e o meu país - o país melhor do mundo - é Portugal, mas gostava de lá ir um dia. Ainda não deverá ser este ano, mas quem sabe?
A alguém na política portuguesa e ou europeia a quem gostasse de falar de Hitler?
Nem por isso. Só desejo que a política europeia seja mais solidária e inteligente do que tem sido e que todos tenhamos consciência de que loucos como o Hitler podem aparecer em todas as épocas.
Conte -me um segredo... baixinho. Prometo guarda-lo num lugar especial.
Se é segredo, não posso contar publicamente, certo? :)
Entrevista: Andreia Carneiro
Comentários
Enviar um comentário