Casa da Música
A abertura oficial do Ano Rússia convida-nos a descobrir a alma da música russa numa linha de programação que se estende ao longo de 2016.
A música tradicional transfigura-se na linguagem de Stravinski e dá corpo aos rituais pagãos que se dançam na Sagração da Primavera.
A retrospectiva da obra de Schnittke, o mais importante compositor russo da segunda metade do século XX, tem início com uma das mais consagradas violinistas da actualidade.
As sonoridades perenes dos cantos ortodoxos dão corpo à mais célebre obra coral sacra da Rússia, as Vésperas, de Rachmaninoff. A bruxa Baba Yaga, a mesma que em Março escutaremos nos fabulosos Quadros de uma exposição, habita o universo dos contos tradicionais, sobrevoando a velha Rússia no seu almofariz, sendo aqui a personagem principal do teatro musical A rolha da garrafa do rei de onde?.
O som da balalaika habita um concerto do Remix Ensemble, com homenagens dos mestres russos ao Classicismo.
A Música Russa e o Ocidente é o tema escolhido para dar início ao 7º Curso Livre de História da Música.
Músicas intemporais que revisitam as tradições ancestrais da Mãe Rússia.
15 JAN, SEX
21H00
SALA SUGGIA
Sagração Russa
ORQUESTRA SINFÓNICA CASA DA MÚSICA
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A violinista Viviane Hagner estreou‑se, aos 13 anos, com orquestra sob a direcção de Zubin Mehta. Actualmente, é acompanhada pelas grandes orquestras mundiais e detentora de um extenso repertório. Escrito para o virtuoso Gidon Kremer e a Orquestra Filarmónica de Berlim, que estrearam a obra em 1984, o Concerto para violino nº 4 de Schnittke afirmou‑se imediatamente como uma das mais expressivas peças concertantes criadas no século XX, muito graças ao estilo declamativo do violino que desafia constantemente os imensos coloridos e ambientes contrastantes da orquestra. Desde a sua escandalosa estreia em Paris, em 1913, A Sagração da Primavera tornou‑se um marco de virtuosismo para as orquestras de todo o mundo, sendo hoje em dia uma obra favorita das salas de concerto.
16 JAN, SAB
16H00
SALA 2
A ROLHA DA GARRAFA DO REI DE ONDE?
Casa da Música e Ópera Isto co-produção
Ângela Marques e Mário João Alves concepção, direcção artística e interpretação
Atravessamos o mundo mágico com uma das figuras mais poderosas e temidas do folclore do Leste europeu. Baba Yaga, a bruxa, inicia-nos no imaginário fértil dos contos russos num teatro musical visualmente forte, de poucas palavras. De sentidos em alerta, somos levados numa viagem encantada, emocional, que envolve garrafas com mensagens e… mais não contamos. Co-produzido pela Ópera Isto, este é um espectáculo inédito, um mistério por desvendar.
16 JAN, SAB
18H00
SALA SUGGIA
Inspiração Clássica
REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA
CORO CASA DA MÚSICA
Peter Rundel direcção musical
Angel Gimeno violino
José Pereira violino
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A homenagem ao Classicismo, de dois mestres russos do século XX, leva‑nos ao encontro de obras surpreendentes, plenas de bom humor e profundamente meditativas. As suites para orquestra de câmara de Stravinski resultam de orquestrações das suas bem conhecidas peças fáceis para piano e os sugestivos títulos dos seus andamentos, tais como Napolitano, Espagnola, Balalaika, Valsa ou Polca, deixam adivinhar um universo pitoresco e próprio das coreografias dos bailados russos.
Alfred Schnittke homenageia Mozart e Haydn com o rasgo de originalidade que marca toda a sua obra. Na sua Sinfonia nº 4, para coro e ensemble, o grande compositor russo reúne as tradições ortodoxa, católica e protestante numa obra que repensa o catolicismo à luz da sua origem judaica, representado pelo canto da sinagoga.
Babysitting Musical
Enquanto os adultos assistem ao concerto, as crianças dos 3 aos 10 anos participam em sessões de descoberta e criação musical.
17 JAN, DOM
18H00
SALA SUGGIA
As Vésperas de Rachmaninnoff
CORO CASA DA MÚSICA
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Consideradas como uma das maiores obras‑primas de toda a música russa, as Vésperas, de Sergei Rachmaninoff, constituem a mais celebrada obra da liturgia ortodoxa no Ocidente. O compositor sentia‑se particularmente orgulhoso por esta composição que escolheu para ser cantada no seu próprio funeral. Inspirada em cânticos tradicionais, tem uma textura vocal comparada à música sinfónica instrumental e os seus ambientes profundamente expressivos e meditativos contribuem para o sucesso alcançado junto do grande público. O maestro Paul Hillier conta com as Vésperas, de Rachmaninoff, na sua premiada discografia.
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