Exclusivo: Fani Da Silva
“Dos Fracos Não Reza a História”
“Dos Fracos Não Reza a História”
( fotos exclusivas, cedidas pela artista)
Por: Andreia Carneiro
A senhora professora, sempre, viveu com a música e de repente... tropeçou na vida. No entanto, as guerreiras erguem-se com ajuda dos que ama e a amam, e, assim se faz história. Fani da silva, percorreu um caminho que a levou até ao FactorX e a VOZ e o talento juntaram-se, à mestria de um produtor nacional, que lhe dá um lema, e com ela sonha e faz nascer a obra. Vamos levantar o véu do que esta mulher talentosa tem para nos dar, nos próximos instantes...
O que me queres dizer sobre este, teu novo, capítulo musical?
Andreia, antes de mais, obrigada pelo convite e por poder partilhar, com o teu blog, o meu novo trabalho. O caminho não é novo, na verdade tem sido um longo percurso, um percurso de 15 anos, mas senti que havia chegado o momento de cantar as minhas músicas, as minhas letras, aquilo que sou.
"Dos Fracos Não Reza a História" uma frase que ouvi do meu produtor e com que me identifiquei imediatamente, tornando-se o meu lema. Que surge, numa altura da minha vida que, não estava a ser fácil, nada fácil, lidar com uma série de situações e percebi que só conseguiria seguir em frente e tomar, as decisões que para mim eram as melhores, se fosse forte. Não me podia deixar vencer, tinha de ser forte, persistente e corajosa para conseguir realizar as minhas ambições e os meus sonhos. Todo este trabalho marca um recomeço de vida, de ideais, de perspetivas em que defini para mim como lema diário “Dos fracos não reza a história”.
Todos os temas definem a minha essência, mas o single e nome do álbum é sem dúvida um grito de força para todos os que tropeçam, num determinado momento da sua vida, seja por um desgosto amoroso, por problemas familiares, financeiros ou profissionais. Levantem-se e vão à luta, se não no fim as coisas não forem exatamente como gostaríamos o gosto amargo do “podia ter tentado” não vai existir, e olharão para o passado com orgulho.
Porquê a escolha de Ménito Ramos para, finalmente, colocares para fora, tudo, o que és como artista e intérprete?
É engraçado porque conheci o Ménito, cantor, quando ainda era adolescente, era e sou fã, na altura não fazia ideia que também era produtor e compositor das suas próprias músicas, ouvia as músicas dele nos Morangos com Açúcar e admirava-o como qualquer fã idolatra o seu ídolo. Quando surgiu a ideia de avançar com o meu projeto a primeira pessoa em que pensei foi no Ménito, mas como não o conhecia, pessoalmente, imaginei que estivesse a sonhar alto. A minha típica teimosa (risos) fez-me entrar em contacto com ele, marcamos uma reunião, e, logo, depois dessa primeira conversa o sonho começou a tornar-se real (para mim por vezes era inacreditável estar a trabalhar com o Ménito), porque nem nos meus melhores sonhos achei que pudesse acontecer.
Foi um processo de um ano e meio, ele tornou-se, não só, no meu compositor e produtor, como num amigo que guardo com muito carinho pelas qualidades humanas. Ele, não só soube compreender o som que queria fazer, ouviu os meus desabafos e escreveu sobre eles como também me incentivou ou quase “forçou” (risos) a escrever. Dei por mim a escrever a primeira letra, “Deixa Queimar” que faz parte do albúm. E confesso que poder ouvir numa música o que escrevi é maravilhoso, embora todo o albúm seja escrito sobre mim e sobre as minhas vivências, ou desilusões, aliás grandes desilusões – grandes temas (risos).
Como te defines, como artista?
Na verdade, tratarem-me, como artista, faz-me alguma confusão porque eu estou apenas a fazer algo que me completa, que me limpa a alma, que me inspira, que me faz feliz. Mas a Fani, porque eu não consigo diferenciar a “artista” da pessoa, embora saiba que muitas vezes haja a necessidade de se vestir um personagem quando a música começa, ou as luzes ligam... é transparente, verdadeira, direta, teimosa e irreverente. Já ultrapassei a preocupação, que muitas vezes senti, do que os outros vão dizer ou pensar do que digo, faço ou visto. Eu quero que as pessoas gostem de mim, exatamente, como sou, porque a minha música é a minha essência, se não o fosse talvez tivesse ido por um caminho mais simples. Eu sei que o tipo de música que faço/escolhi não é o mais fácil e o mais rápido na escalada para o topo da música portuguesa, mas é o mais saboroso, e eu prefiro lutar, todos os dias, mas sentir-me realizada. Por isso, a “artista” como dizes Andreia (risos) é irreverente, é forte e lutadora e vai subir degrau a degrau porque afinal “Dos Fracos Não Reza a História” (risos).
Quem esteve sempre do teu lado, neste caminho trilhado até ao X factor? Pois, para quem não sabe tu já percorres este sonho há muito tempo!
Sim, o factorX foi uma consequência de tudo que vivi antes, e que não nego porque acho que o nosso passado define o que somos, fui vocalista de uma banda, durante 6 anos, fiz milhares de concertos por todo o país e alguns também em Espanha, e isso acabou por me dar alguma vantagem, experiência, à vontade e confiança. Mas o pilar mais importante de tudo foi e é a minha família, são eles que estão lá sempre que preciso, que me impulsionam, os meus pais e o meu irmão, se não tivesse sido o meu irmão inscrever-me num concurso há 14 anos atrás provavelmente teria demorado mais algum tempo a ter coragem de enfrentar o público, sim porque eu sou tímida mesmo que não pareça (risos). Eles, a minha cunhada e a minha sobrinha são os meus maiores admiradores. Acho que tenho a sorte de ter os melhores do meu lado, a minha família que são de sangue e me amam incondicionalmente e aqueles que a vida fez questão de me trazer.
Como ficam os teus estudos, no meio deste cenário, que eu espero, seja de enorme sucesso?
Eu também espero (risos). Fica onde sempre ficou, enquanto cantava licenciei-me e tornei-me professora e mesmo depois continuei a estudar e a fazer outros cursos, eu gosto de estudar (risos) sempre arranjei tempo para estudar e para dar aulas enquanto corria de palco em palco, eu não acredito na frase feita do “agora não tenho tempo para…” quando queremos arranjamos sempre tempo, basta gostar ou querer de verdade. A não ser que me “transformem” numa estrela mundial (risos) eu vou ter sempre tempo para ensinar e para aprender.
Sê sincera,
Luís de Camões ou Eça de Queirós, porque...?
Difícil, até porque acho que a história do Carlos e da Eduarda dos “Maias” do Eça de Queirós daria um grande álbum (risos) e no momento sinto-me uma navegadora a tentar atravessar o gigante adamastor do Luís de Camões (risos)
És mais praia ou de ficar, enrolada na matinha, no sofá?
Sou mais da mantinha no sofá, e acho que qualquer músico gosta desse momento depois de uns quantos concertos.
Dueto, com Tina Turner ou Axel Rose?
Não pode ser com os dois???? (risos)
E em Portugal , partilharias o teu vozeirão, em palco, com Quím Barreiros ou Tony Carreira (risos) ?
Com o Quim, só porque ele marcou uma boa fase da minha vida, enquanto estudante universitária, não há queima das fitas sem Quim (risos) e eu cantaria com ele a cabritinha, desde que fosse lá, na queima (risos)
Eu ia adorar esse momento (risos)... Voltando ao teu trabalho!
Acabas de gravar um vídeo, quando podemos ter acesso ao mesmo, estou muito curiosa?
O videoclip oficial do single “Dos Fracos Não Reza a História” estará disponível em setembro, na minha página do youtube, mas antes disso vamos ter acesso aos bastidores através do making off.
O que podemos esperar de ti, daqui pra frente?
Veracidade, e honestidade no meu trabalho, sou uma mulher de fé mas sei que nada cai do céu e por isso trabalho todos os dias para que isto resulte, estou de corpo e alma neste projeto porque dos fracos não reza a historia, e fraca eu não sou (risos).
És grande!! Força!
ResponderEliminarBeijinho
Acabei de ler a entrevista, feita pela jornalista Andreia Carneiro, que como é habitual nos acostumou a ler/ouvir temas que retratam bem a vivência do ser humano. Gostei particularmente desta simpática professora/cantora, quem desejo as maiores venturas neste novo caminho. Sucesso Fani da Silva.
ResponderEliminar