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Ménito Ramos ... Para quem "tudo tem um tempo"










Após uma ausência pensada, Ménito Ramos traz-nos mais um trabalho discográfico, que em bom português reflete evolução, paixão pela arte que escolheu e muita satisfação.
Na entrevista ao nosso "Voz que voa", conheça os pormenores de um cantor, autor/compositor, produtor, que muito tem contribuído paro o nosso panorama musical Português, e que agora presenteia os admiradores com 14 temas, inéditos.



 "Tudo tem um tempo ", e depois de alguns anos, a produzir, compor, para outros artistas, voltas com um novo álbum, saciando assim a vontade de quem te admira... O que nos trazes nesta nova viagem, por novos temas, interpretados por ti?
 Foi uma pausa de cerca de quatro anos, enquanto intérprete! Vejo este tempo, como um período de amadurecimento, que me enriqueceu neste meu novo CD, quer na parte técnica, quer na  estética sonora. Este trabalho discográfico "Tudo tem um tempo", é constituído por 14 temas, nos quais consegui passar à prática, em termos sonoros, tudo aquilo que tinha em mente. Mostra um pouco da minha versatilidade, com a mistura de vários estilos musicais, viajamos pelo Rock, Pop, até tango, Bossa nova, R&B, entre outros, e claro, as baladas que sempre fiz, pois são muito de mim.


Quais destes novos temas pensas que entram, mais facilmente, no ouvido do público e porquê?

Depende do gosto musical de cada um. Mas, em termos gerais, há temas como o dueto com a Rita Guerra, na canção "Não me julgues", que tem tido uma forte recetividade do publico. Assim como uma balada pop rock "A melhor parte de mim" fácil de entrar no ouvido... Ainda posso mencionar  o tema " 5 minutos de fama" um tema bem rock que me tem trazido bastante "feedback" por parte de quem acompanha o meu trabalho, e finalmente, a balada "só um louco como eu", uma tema  emocionalmente muito forte e com a qual é muito fácil nos identificarmos. É difícil responder mas entendo que todos os temas são acessíveis ao ouvido, quer ao ouvido mais educado musicalmente quer ao ouvido comum. 
A Rita Guerra enaltece contigo, o dueto, "não me julgues". Como foi gravar com uma das vozes mais intensas e poderosas da nossa musica, que tao bem conheces?

Verdade. Uma das vozes mais intensas do nosso panorama musical. Escrevo canções para a Rita Guerra já há algum tempo. Nunca tínhamos gravado juntos, embora já se falasse nessa possibilidade. E desta vez foi o tempo certo para o fazer, gravar o tema "Não me julgues", foi sugestão da própria Rita, pois curiosamente escrevi este tema para ela gravar no seu álbum. Para mim o resultado foi muito bom e é um ponto alto neste meu novo trabalho discográfico.


Durante estes anos, que estiveste concentrado a escrever e produzir sucessos para outros cantores, sentiste saudade do palco?
Claro que sim! Especialmente para músicos como eu, que com 9 anos, já andava a pisar palcos, faz sempre falta...
Eu sou um apaixonado pelo trabalho de estúdio, que é o que sempre quis fazer mas, nunca deixei de sentir vontade de pisar um palco. 
 Em palco sentimos sensações únicas, junto do publico que conhece as nossas canções.
 Apesar das pausas que ás vezes têm de ser feitas, o palco tem de ser, sempre, o local onde apresentamos o nosso trabalho junto daqueles que gostam de nos ouvir.



Ménito Ramos, hoje, sente-se um herói ou um vilão irreverente na musica nacional?
Acho que nem herói nem vilão. Para uns serei o vilão, pois numa fase em que todos optam pelo caminho mais fácil, eu continuo a fazer as coisas como acredito nelas. E a remar contra a maré. Para outros que seguem o meu trabalho, há mais de uma década, poderão ver em mim um pouco de herói. no entanto, eu continuo a fazer música como quero e com quem quero. A música e uma arte que para mim está a cima de crises e outras situações do nosso quotidiano. Mas, sinceramente, não me preocupa se pensam que sou uma coisa ou outra.



Mais experiente, mais rico musicalmente, mais maduro, significa mais perto da perfeição artística? Quais são as diferenças entre o Ménito deste álbum em comparação com os anteriores?

A música é uma arte em permanente mutação e evolução, reinventada permanentemente. A parte fantástica de quem trabalha nesta área é mesmo essa, a evolução, a procura, o voltar a ir buscar sons de outras épocas...
E sim acho que fico mais perto da perfeição a cada erro que cometo, a cada trabalho que desenvolvo, a cada experiência de vida que se reflete naquilo que escrevo. Mas não tenho ambição de a atingir (a perfeição).
Claro que consigo melhores resultados hoje, que antes. Sinto-me a evoluir com o passar do tempo e essa é a minha grande satisfação.


Onde queres chegar, sabendo-te realista, com este trabalho discográfico?

Quem me conhece sabe que sou bem realista no que diz respeito ao mundo musical. O meu objetivo já foi atingido, que é sem dúvida a satisfação pessoal de o ter feito, da forma que quis. Não é minha prioridade vender discos ou concertos, isso será, a acontecer, uma consequência do trabalho realizado até aqui, que muita satisfação me trará, mas encaro-o como um "extra".

Em jeito acústico, tens partilhado os temas deste novo álbum, nas redes sociais. O que tem dado satisfação aos teus admiradores. Sentes que esta é uma forma de os presentear e de mostrares a essência mais pura das tuas melodias e letras?

Tenho o privilégio de poder convidar os meus amigos, para as minhas "Jam sessions", e agora registo os momentos em vídeo para poder partilhar com as pessoas que seguem o meu trabalho. O "feedback" tem sido muito positivo. Por isso irei continuar a fazê-lo. Para os que quiserem seguir esta jornada, é só colocarem um "gosto" na minha pagina oficial do facebook e ficarão a par de tudo à medida que vai acontecendo!!


E ao público em geral, o que gostaria de dizer...


São sem dúvida alguma a razão de ser de tudo isto, agradeço a todos aqueles que se tornam na verdadeira essência do trabalho discográfico de um cantor, seja ele qual for! Aos que acompanham o meu trabalho o meu agradecimento, pelo incentivo, carinho, compreensão e apoio incondicional. Enquanto estiverem desse lado, eu estarei aqui a fazer musica.


Entrevista: Andreia Carneiro

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