Texto: Andreia Carneiro Na minha língua soaria assim: Não se recusa o fascínio que sentimos por alguém… Largo uma gargalhada e dou mais um passo… Ups!!! Fiquei com o sapato desmembrado, o salto partiu, após ficar preso, neste chão descompensado! Só a lua brilha de forma intensa… Paro e penso, que já é tarde… mas continuo feliz, por te saber meu, de alguma forma... A lâmpada, lá em cima, parece encolher o sorriso que esvai de mim, mas não me foge… Sou tua menina, e isso nunca vai mudar! Segurei-me nos teus olhos intensos de admiração do meu ser, e retiro com a mão esquerda o sapato de verniz, que teve a infeliz ideia de me fazer desviar o pensamento de ti, por breves instantes! Mas consigo recuperar-te num ápice, pois o teu sorriso não me sai da cabeça. O ar está gelado, o meu vestido vermelho, com um ligeiro bordado no fundo, pede-me, agoniado, para correr para o recolher obrigatório, mas foge de mim, a vontade de desviar-me de ti, mesmo que apenas, no meu pensament