As mitologias contam-nos como desde os tempos mais remotos, o sonho de voar foi sempre para a Humanidade um desafio e uma ambição. Imitando o voo dos pássaros, reproduzindo de um modo arcaico as suas asas, como nas máquinas voadoras de Leonardo da Vinci e mais tarde com balões e dirigíveis, o pensamento humano cedo ambicionou construir um aparelho capaz voar, de um modo controlado, cada vez mais alto, mais longe e mais depressa. Portugal também juntou o seu nome à história das grandes viagens aéreas mundiais com o contributo de uma geração de notáveis aviadores que voaram sobre o Atlântico, a África, o Médio Oriente e a Ásia. Grande parte destes pioneiros eram jovens pilotos, da Aviação Naval e da Aeronáutica Militar, que deixaram para trás o conforto e a rotina diária, aventurando-se para o desconhecido, arriscando a vida em frágeis aviões, com que sobrevoavam pela primeira vez e durante horas, vastas regiões desconhecidas e inóspitas. Com audácia e coragem, por vezes com algu